E.B.D.

Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 2Pe 3.18

   

Lição 1 - O agir de um Deus sobrenatural 

Lição 2 – Noé, o milagre do livramento e da cura  

Lição 3 – O milagre do maná, o suprimento Divino

Lição 4 – Ana, e o milagre da cura da esterilidade

Lição 5 – Mefibosete e o milagre da restituição e da honra

Lição 6 – Elias e a batalha dos deuses

Lição 7 – Eliseu e o milagre da multiplicação do azeite

Lição 8 – Eliseu e o milagre da ressurreição

Lição 9 – O milagre da cura de Naamã

Lição 10 – Eliseu e o milagre do machado flutuante

Lição 11 – Obede-Edom, o milagre da presença de Deus

Lição 12 – Três jovens e o milagre da fornalha

Lição 13 – A relevância dos milagres em nossos dias

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 6

Revista da Editora Betel

Elias e a Batalha dos deuses

09 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Jr 32.27

VERDADE APLICADA

O mal só pode triunfar enquanto os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.

Textos de referência

1Rs 18.30, 32, 35, 35, 39

30 Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.

32 E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.

35 de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.

38 Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.

39 O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

 

INTRODUÇÃO

A batalha de Elias contra Baal e seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante.

1. A crise espiritual e o surgimento de Elias

Deus tem seus elementos surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada.

1.1 A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel

Após a morte de Salomão e a divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”, o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de Etbaal, o rei dos sidônios (1 Rs 16.25-31). O escritor sagrado se debruça para destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da adoração a Baal.

1.2 A necessidade de uma luz em dias de trevas

O casamento entre Acabe e Jezabel tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (1Rs 16.32-33).

1.3 Elias, o perturbador de Israel

“E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse –lhes: És tu o perturbador de Israel?” (1Rs 18.17). Acerca de Elias J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de Israel [...] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel do que Elias. O rude e sombrio profeta de Tisbé tornara-se o instrumento de Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”. Acabe declara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou inerte o portentoso Baal.

2. Elias, uma luz em meio às trevas

Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (1Rs 17.1).

2.1 Elias um profeta declarado

“Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja a face estou...” (1Rs 17.1). No palácio, diante do rei e de todo seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou, agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ez 22.30).

2.2 Três anos de treinamento e disciplina

Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (1Rs 17.2-3). O Senhor tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando situações e evitando que, um Elias despreparado fosse destruído. Assim envia Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes, ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais (1Rs 18.1).

2.3 O desafio e a resposta Divina

Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (1 Rs 18.1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus verdadeiro” (1 Rs 18.17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (1 Rs 18.36). Elias zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (1 Rs 18.37-39). A resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal.

3. A verdade por trás da batalha

Quando a situação da nação era de declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições importantes:

3.1 Uma aliança demoníaca

A cegueira da nação e toda a sua escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio. Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (2 Co 6.14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as consequências podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (1 Rs 18.13). Ela era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar, dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (1 Rs 16.30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos, muitas alianças podem matar em vez de dar a vida.

3.2 O duelo dos deuses

Elias chama toda a nação para reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh glória! (1 Rs 18.38-39).

3.3 Deus precisa de um homem na brecha

Jamais devemos subestimar o poder de uma vida totalmente dedicada (At 20.24). Todo esse episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850 profetas e sacerdotes pagãos e um incontável número de israelitas descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que creem está baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis.

CONCLUSÃO

Assim como Deus fez através de Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para o seu povo acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus pecados.

 

ESCOLA DOMINICAL - Esboço e Subsídio da Lição 6

AULA EM 9 DE NOVEMBRO DE 2014 – LIÇÃO 6

Revista: EDITORA BETEL

ELIAS E A BATALHA DOS DEUSES

Texto Áureo: Jeremias 32.27

  INTRODUÇÃO

- Professor(a), nesta lição apresente a forma de Deus agir para reduzir a nada a idolatria.

“prefigura a luta do bem contra o mal”, esse milagre não atinge um problema específico, mas vai contra um mal que afeta toda a nação.

“pode ser considerado singular”, não pode ser comparado com os outros, é um tipo diferente pelo seu aspecto coletivo.

1.  A CRISE ESPIRITUAL E O SURGIMENTO DE ELIAS

- “sem genealogia”, não que Elias não tivesse pai e nem filhos, mas apenas quer dizer que não há registro de seus pais ou filhos.

“que tornou inerte o “deus” da chuva”, assim era conhecido Baal. Era uma entidade dos cananeus. Quando Elias anunciou que não iria mais chover, para a nação era um homem de Deus se levantando contra um deus. 

1.1.  A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel

- “Israel passou por uma terrível sucessão”, após a divisão do Reino, Israel ficou com a capital em Samaria e Judá tinha a capital em Jerusalém. Os reis de Judá tinham seus altos e baixos, mas os reis de Israel nunca se apegaram a Deus.

“filha de Etbaal, o rei dos sidônios”, Jezabel era filha de rei, isso quer dizer que o casamento deles era político. Isso mostra que Acabe não confiava em Deus.

“parceiro dominante no casamento”, Jezabel praticamente mandava em Acabe, isso porque Acabe era limitado pela Lei de Moisés que ele ainda respeitava, mas Jezabel não respeitava lei nenhuma e Acabe não tinha força pra impedi-la de nada.

“precursora da adoração a Baal”, antes dela não se adorava Baal em Israel, Jezabel oficializou o culto a Baal.

1.2. A necessidade de uma luz em dias de trevas

- “tornou legal a entrada demoníaca de Baal”, quer dizer que o inimigo teria o direito de atuar. A união com Jezabel representa a união do servo de Deus com o mundo, o que permite a idolatria de chegar até o homem ou mulher de Deus.

“O teólogo F.B. Meyer”, Frederick Brotherton Meyer viveu de 1847 a 1929 na Inglaterra era pastor da igreja Batista, evangelista, teólogo e escritor.

“fez muito mais para irritar ao senhor Deus”, embora Jezabel seja a enviada de Satanás, o texto bíblico faz referência a Acabe, pois ele era o responsável pelo reino. Assim não adianta os pais de família culparem os enviados de Satanás para tentar seus filhos, eles são os responsáveis e eles serão responsabilizados.

1.3. Elias, o perturbador de Israel

- “J. Oswald Sanders”, escritor teológico e conferencista do século XX.

“Ninguém poderia ter lidado melhor”, tinha que ser um profeta rude e corajoso como Elias, conhecido como o profeta do fogo.

“como se sente em relação a Elias”, Elias incomodava Acabe por ser homem de Deus, a simples presença de Elias perturbava Acabe.

“fechou os céus com uma palavra”, Deus passou a trazer de volta a consciência nacional de que o Senhor é o Deus de Israel. Primeiro o povo ficou temendo o homem de Deus, como era conhecido Elias e depois faz a escolha por Deus no monte Carmelo. 

2.  ELIAS, UMA LUZ EM MEIO ÀS TREVAS

- “eram os piores da turma”, os reis de Israel até Acabe foram: Jeroboão I, Nadabe, Baasa, Elá, Zinri e Onri (pai de Acabe).

“não marca audiência”, não respeitava as instituições reais por permissão de Deus, pois Acabe havia aborrecido ao Senhor dos Exércitos.

 2.1. Elias um profeta declarado

- “perante cuja a face estou...”, era chancela de que ele era homem de Deus. Essa forma de se apresentar era para registrar quem era que estava agindo contra Acabe, a saber, o Todo Poderoso.

“e todo o seu exército”, o texto não afirma que todo o exército de Acabe assistiu a cena, provavelmente apenas os generais de Acabe tenham visto.

- “senão segundo a minha palavra”, obviamente Elias tinha a permissão de Deus para proferir esse formato único na Bíblia “a minha Palavra”.

“colheita e prosperidade eram atribuídas a ele”, foi a forma de culto que Jezabel trouxe para Israel.

“anunciando publicamente a falência de Baal”, não era suficiente castigar Acabe, era necessário anunciar ao povo quem era o Senhor de verdade, quem realmente tinha o poder.


2.2. Quando a visão do rei prevalece
- “resolveu esconder seu servo para treiná-lo”, se refere à ordem de Deus para que Elias fosse para a fonte de Querite.
“sai de diante das luzes dos holofotes”, podemos notar que alguns irmãos não aceitam o momento de sair dos holofotes, não se adaptam ao anonimato e assim tomam atitudes erradas na vida eclesiástica.
“um dia no palácio, outro dia no ribeiro”, é um ministério de altos e baixos, o servo de Cristo deve se acostumar e aprender a servir a Deus em todas as circunstâncias.
“Mas quando estivermos prontos”, no ribeiro Elias aprendeu sobre a fé, aprendeu a ter certeza de que Deus o sustentaria. E aprendeu também que a fonte pode secar, e que em algum momento teremos que ir buscar a benção em outro canto.

2.3.  O desafio e a resposta Divina

“convoca seus inimigos para um duelo”, se refere aos profetas de Baal e Asera que somavam 850 profetas no total 1 Reis 18.19.

- “o Deus que respondesse por fogo”, geralmente Deus não promove esse tipo de prova, mas naquele momento foi necessário para que o povo tomasse uma decisão e agisse.

“não fez um altar por conta própria”, ele restaurou um altar que já existia ali, mostrando que não precisa de grandes novidades para ser restaurado, basta voltar ao primeiro amor.

“é somente ter intimidade”, é um alto grau de amizade, onde a pessoa conhece intimamente outra e é conhecida por ela. Os mais íntimos de Deus no Antigo Testamento falavam ao Senhor de maneira que muitos não ousariam.

3. A VERDADE POR TRÁS DA BATALHA

- “não era no campo físico, mas sim, no espiritual”, geralmente as lutas que enfrentamos nessa vida acobertam um desequilíbrio na área espiritual, a rebeldia de um filho, ataque de ciúmes do conjugue, acessos de ira do patrão, podem estar escondendo uma opressão espiritual.

3.1. Uma aliança demoníaca

- “Seja qual for a união que venhamos nos associar”, pode se referir a muitos tipos de sociedades no mundo, com pessoas que não professam nossa fé. Pode ser uma parceria nos negócios, uma sociedade comercial, uma parceria nos trabalhos escolares ou até mesmo um casamento.

“tornamos algo legal no mundo espiritual”, tornar algo legal, significa dar permissão para o adversário agir. O inimigo está ao nosso derredor 1 Pedro 5.8, pois ele não tem permissão de Deus para nos atingir, mas quando nos associamos com o erro, então a proteção de Deus é enfraquecida, pois o Senhor respeita o livre arbítrio, Deus quer nos ajudar, mas se nós mesmo não nos ajudarmos Deus não nos impedirá.

“usou seu poder para amedrontar”, a Bíblia não mostra que Jezabel tinha qualquer poder a não ser sobre Acabe, ela apenas tinha o poder das palavras para amedrontar como fez com Elias e para armar ciladas como fez com Nabote 1 Reis 21.9,10.

3.2.  O duelo dos deuses

- “discernir quem era Deus e quem não era”, para o povo Baal estava em pé de igualdade com o Senhor.

“o que mais valia nos dias de Elias era a água”, a nação tinha acabado de sair de um período de seca de três anos, não devia ser tão fácil assim conseguir um pouco de água para jogar no altar como Elias fez.

“A água simbolizava Baal”, novo simbolismo para a água, antes ela representava o que temos de mais precioso, é um caso em que um elemento muda o simbolismo no contexto, é bom isso claro aos alunos.

“o fogo é um símbolo do próprio Deus”, o nosso Deus é como um fogo consumidor Hebreus 12.29.

3.3Deus precisa de um homem na brecha

“em torno de uma vida dedicada”, Elias mesmo declara que ele era “extremamente zeloso” com as coisas de Deus 1 Reis 19.14, com certeza foi esse zelo que Deus viu nele quando o chamou.

“por aquele único homem”, era só um homem, mas agia pelo poder de Deus, por isso fez tudo aquilo.

“Nada intimida aqueles que sabem”, sabemos porém que Elias se intimidou pelas palavras de Jezabel após essa evento, mas ali existiam outros fatores envolvidos e nos dá outras lições importantes.

CONCLUSÃO

“Esse fogo será uma resposta”, não devemos entender que Deus irá mandar fogo literalmente do céu, mesmo Ele tendo poder para isso. Esse tipo de milagre hoje banalizaria o poder de Deus e não produziria fé nas pessoas. A resposta de Jesus hoje poderá ser com algo que mostre a nós e a todos que o nosso Deus é poderoso e que somos seus servos.

“para que temam e se convertam de seus pecados”, todo o poder de Deus administrado hoje aos servos do Senhor tem o objetivo de conduzir os homens à salvação, levá-los a Cristo.

- Faça o resumo e apresente à classe.

Boa aula!

Ferramenta idealizada por:  Marcos Andre – Club da Teologia

marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br

ESCOLA DOMINICAL - CONTEÚDO DA LIÇÃO 7

 

Revista da Editora Betel

Eliseu e o Milagre da Multiplicação do Azeite

16 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Fp 4.19

VERDADE APLICADA

Os grandes milagres vividos pelos servos de Deus em todos os tempos sempre se originaram da simplicidade das coisas ou das pessoas que deles se acercavam.

Textos de referência

2Rs 4.1-3

1 E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.

2 E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

3 Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.

INTRODUÇÃO

A Bíblia relata que uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, pois seu marido havia falecido, e deixado uma dívida que ela não tinha condições de pagar, e por isso, os credores vieram a sua casa para levar seus filhos como escravos (2Rs 4.1).

1. Clamando por um milagre

Como se não bastasse perder o marido, essa mulher ainda teve que suportar a pressão dos credores, que desejavam a todo custo levar seus filhos cativos como pagamento das dívidas deixadas pelo falecido. A escravidão naquele tempo era tão séria que era iminente a destruição de sua família.

1.1 Eliseu é chamado pela viúva

É muito edificante quando existe alguém habilitado por Deus para a realização de milagres. Eliseu é convocado exatamente por isso, porque era um representante legal de Deus naquela região.

Ela lhe conta seu drama, e ele lhe faz a seguinte pergunta: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2Rs 4.2). Observemos que ela diz que não tinha nada. E nada é nada! E conclui: “senão uma botija de azeite”. Então ela tinha alguma coisa! Porém, diante de sua dívida e da pressão sofrida, ela jamais poderia imaginar que aquilo que via como nada se tornaria a fonte de seu milagre. Ela sabia que a quantidade de azeite que possuía não pagava sua dívida.

1.2 A visão do profeta diante da viúva

“Que hei de te fazer? E ela disse: “Tua serva não tem nada em casa...” (2Rs 4.2). Quando a visão do nosso entendimento é aberta por uma verdade espiritual, aquilo que antes reputávamos como nada, pode se tornar a coisa mais valiosa que temos na vida. O profeta sabia que em sua casa havia o produto do milagre, então a despertou dizendo: “Dize-me que é o que tens em casa”. Para a mulher aquela botija de azeite não representava muita coisa, para o profeta era a fonte do milagre. Ela via apenas o azeite. Mas o profeta, viu além, viu o futuro. Enquanto ela viu uma pequena botija, ele estava vendo dezenas de vasilhas cheias a partir daquele azeite, ou seja, em situações de aperto a receita do sucesso é apresentar o pouco que temos Aquele que tudo pode!

1.3 A necessidade do profético em nossos dias

Nós somos uma igreja carente de profetas (não nos referimos ao dom de profecia, que muitos estão manipulando e usando insensatamente). Os profetas veem o futuro, eles têm sensibilidade para penetrar no mundo espiritual e mostrar a realidade do amanhã. Assim é o ministério profético (Ef 4.16). No episódio aqui relatado devemos destacar duas coisas importantes: a visão da mulher e a visão do profeta. “Ela vê a botija de azeite como nada, ele vê como a fonte de tudo o que ela precisa”. Os profetas existem para nos ensinar a usar a ferramenta que temos para seguir adiante. Uma palavra profética pode mudar a nossa vida (Mt8.8; Lc 7.7). Se olharmos para nossas limitações e não cremos na palavra profética nada se moverá. Nosso maior problema com milagres é visualizar o que temos nas mãos.

2. Os passos para um grande milagre

Eliseu pede que aquela mulher corra até seus vizinhos, e lhes peça muitas vasilhas emprestadas para que o azeite daquela pequena botija venha enchê-las. Ela deveria confiar na palavra do profeta e agir por intermédio da fé no que ele disse. A fé também exige uma atitude, uma ação (Hb 11.1-6).

2.1 Pedindo vasilhas emprestadas

A vida cristã pode apresentar muitos contrastes. No caso dessa viúva, ela começa pedindo emprestado algo a alguém, e pedir nunca é fácil (At 20.35). Pelo empréstimo conseguido, observa-se que tinha relacionamento e boa convivência com seus vizinhos. Pois, sendo de má índole e sem relacionamentos seu milagre seria embargado. O profeta não fala a quantidade de vasos que ela deveria pedir, esse ato revela a qualidade e o nível daquilo que ela acreditava. Se ela pedisse mil, todos seriam cheios, se pedisse dez, aconteceria o mesmo. O que nos revela esse tipo de ação? Que podemos tanto limitar o milagre quanto ampliá-lo. Nossa fé pode determinar o tamanho do milagre que desejamos ver acontecer em nossas vidas (Jo 4.50-53; 2 Co 5.7).

2.2 Milagres extraídos daquilo que não é aparente

Uma atitude de fé sempre estará alicerçada na espiritualidade e na sensibilidade (Gl 5.16; Tg 2.18). Essa mulher estava desesperada, com medo de perder seus filhos, por isso, não pôde ver que o pouco azeite daquela botija era a fonte para sanar suas dívidas. Em muitos casos somos levados pela religiosidade e aparência das coisas, raramente não somos ludibriados pelas belas embalagens que nos rodeiam. A palavra certa aqui seria discernimento, e nesse tempo de coisas tão maquiadas, seria importante que a igreja se aplicasse em buscar o precioso dom de discernir os espíritos (1 Co 12.10; 1 Jo 2.20). O milagre partiu de onde ela menos imaginava, e aconteceu quando ela tirou de onde aparentemente não havia nada, um sinal de que não podemos esperar ter para depois entregar. É do nada que deus tira o tudo que precisamos.

2.3 Milagres de portas fechadas

“Então entra, fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia” (2 Rs 4.4). Uma grande verdade ressalta dessas palavras: “Existem milagres que só acontecem quando a porta está fechada”. Quando a porta está fechada geralmente pensamos em guerrear e lutar com Deus para que se abra. Uma porta fechada pode ser o prenúncio de um grande milagre que está para acontecer. Deus também trabalha no silêncio. Pedro foi salvo milagrosamente enquanto as portas da prisão estavam fechadas (At 12.710) José estava com as portas fechadas, quando ele se tornou governador (GN 40.3; 41.14).

3. Botijas que enchem vasos

Na casa de Deus existem vários tipos de vasos, e cada um tem uma função específica. Existem vasos pequenos, médios, e grandes; vasos de ouro, de prata, de pau, e de barro; vasos para a honra, e vasos para a desonra (2Tm 2.20). Porém, o destaque desse milagre não foi um vaso, e sim uma botija.

3.1 O valor de uma botija

Como seres humanos temos muita dificuldade em valorizar coisas pequenas. Mas esse milagre nos ensina a preciosidade de observar essas coisas (1Co 1.27, Is 53.2-3). O que a mulher tinha em casa? Uma botija. O que o profeta mandou ela pedir aos vizinhos? Vasos. Na lógica e na visão humana é o vaso que enche a botija. Porém aqui as posições estão inversas. É costume primeiro pensar que o pequeno sempre receberá do grande. Todavia, nesse milagre, é o pequeno quem dá a vida, é o pequeno quem é a fonte, é o pequeno que visto como nada é quem sobressai. Ela disse: não tenho nada, e foi exatamente do que via como nada que os vasos foram cheios.

3.2 Vasos de ouro e de prata

Esses tipos de vasos não existem em qualquer casa, eles além de valiosos, se destacam numa grande mansão. Muitos adorariam ser de ouro e de prata como esses vasos, mas nasceram apenas para ser de pau e de barro, materiais fáceis de tomar uma forma diferente, enquanto os valiosos são mais rígidos. Quando os vasos de ouro e prata aparecem é porque os de pau e de barro já trabalharam por eles. Porque não se prepara uma boa comida em vasos de ouro e de prata! O segredo não é o material com que o vaso é feito, mas a função que desempenha: honra ou desonra (2 Tm 2.20). Uma pequena botija pode ser a salvação de muitos vasos vazios, observamos que não é o tamanho, o material ou a forma, mas o que possui dentro de si que faz a diferença (Mt 25.4).

3.3 Vasos de barro

O vaso de barro possui algumas características interessantes. Ele é frágil, quebra com muita facilidade, o que possibilita o oleiro a refazê-lo sempre que desejar, dando a forma que melhor lhe convém (Jr 18.4). A beleza do vaso de barro está no seu interior. Ele não tem parecer nem formosura mas porta dentro de si um inestimável tesouro (1Co 4.7). Ou seja, ele porta consigo a grandeza de alguém, todo seu valor pertence ao dono do tesouro que nele está. Vivemos um tempo difícil, onde belos vasos apresentam grosseiras rachaduras de pecado, e o óleo se esvai. E na escassez de vasos para embelezar a mansão, o Senhor está recrutando botijas, e multiplicando o azeite que elas dividem com outros vasos.

CONCLUSÃO

O primeiro estágio dessa mulher era de calamidade total, mas seu final foi milagroso, próspero e sobrenatural. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar diante de Deus. Ainda há tempo para mudanças, façamos como essa mulher, convidemos ao Senhor para vir a nossa casa e contemos a Ele o que se passa conosco.

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